Artrite e artrose: entenda a diferença

Artrite e artrose são duas doenças com nomes e sintomas parecidos que costumam confundir a cabeça das pessoas. Por se caracterizarem principalmente pelo enrijecimento das articulações e redução da mobilidade, muita gente acaba desconsiderando as diferenças entre elas, aspectos que são fundamentais na prevenção e tratamento.

Para deixar bem claro, a artrite e artrose possuem origens totalmente distintas que precisam ficar bem esclarecidas. Confira as características de cada uma delas:

A artrite reumatoide

Em linhas gerais, a artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica e autoimune que ainda não tem as causas definidas. O que se sabe é que ela afeta as membranas sinoviais, ou seja, uma fina camada de tecido conjuntivo que reveste principalmente as articulações, como mãos, punhos, tornozelos, joelhos, entre outras. 

Normalmente, ela aparece na faixa etária entre os 50 e 70 anos, atingindo mais as mulheres do que aos homens. Os sintomas envolvem a rigidez das articulações, principalmente durante a manhã, diminuição da disposição e inchaço das juntas, principalmente as mãos, punhos, joelhos e pés. Como se trata de uma inflamação, é possível apresentar febre articular baixa, ou seja, quando as articulações ficam quentes.

O diagnóstico pode ser feito a partir de exames de imagem, como as ressonâncias, mas também por exames laboratoriais, como VHS, proteína C-reativa e fator reumatoide. A doença ainda não apresenta uma cura definitiva, porém, por meio de um tratamento medicamentoso e um acompanhamento físico, é possível evitar a progressão da artrite e recuperar a autonomia.

A artrose

Também conhecida como osteoartrite, a artrose tem uma causa bem definida: o desgaste mecânico excessivo das cartilagens das articulações. Normalmente, ela é percebida justamente quando começam a surgir as dores, que também provocam certo enrijecimento das articulações e dificultam a mobilidade.

Diferentemente da artrite, que aparece sem motivos, a artrose é o resultado de um desgaste natural e progressivo, fazendo com que seja muito comum em pessoas de ambos sexos a partir dos 40 anos. Os principais pontos acometidos, normalmente, os  joelhos, coluna, região do quadril e as mãos.

Como se trata de um desgaste mecânico, o tratamento não é capaz de reverter o quadro. Porém, com um acompanhamento por meio de exercícios de fortalecimento e equilíbrio muscular, é possível estabilizar esse contato excessivo entre as articulações e retomar a autonomia.

Importância da atividade física

Em ambos os casos, a prática de atividade física bem orientada é fundamental na prevenção e tratamento dos sintomas. Isso acontece porque o fortalecimento adequado da musculatura funciona como uma verdadeira proteção para evitar degradação dos biomateriais. Quando o equilíbrio muscular é feito no corpo todo, respeitando a amplitude articular, a chance de desgastes é praticamente nula.

Claro que esse é um quadro de atividades com acompanhamento especializado, ou seja, após uma avaliação, é preciso estabelecer criteriosamente os exercícios envolvidos, a carga, intensidade e periodicidade, sempre respeitando o momento e a individualidade. Caso contrário, o exercício físico pode se tornar o causador do problema, aumentando a velocidade de desgaste das articulações. Uma prova disso são os graves quadros clínicos apresentados pela maioria dos atletas, que sobrecarregam o corpo com esforços repetitivos em busca de desempenho.

O ideal é que esse acompanhamento muscular seja feito preventivamente, assim, a saúde das articulações é mantida. Porém, se você já sente desconfortos, o quanto antes começar o tratamento, melhor. O primeiro passo é agendar uma Análise Biomecânica para apresentar o seu quadro. Não se esqueça de vestir uma roupa confortável e trazer todos os exames. 

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